Há perguntas que vivem dentro de nós desde que aprendemos a pensar — perguntas que não encontraram eco em páginas já viradas, nem nos conselhos dados por vozes sábias. São aquelas questões profundas, silenciosas, que nos visitam à noite ou em momentos de solidão. E talvez... talvez essas respostas ainda não tenham sido escritas.
Talvez estejam à espera de nós.
Onde moram as respostas?
Nem tudo que procuramos está nas bibliotecas do mundo ou nos mestres consagrados. Algumas verdades moram em páginas ainda em branco — nas histórias que não tivemos coragem de contar, nas experiências que não soubemos traduzir em palavras.
Às vezes, a vida nos dá o esboço, e somos nós que temos de escrever o livro. Não para o mundo, mas para nós mesmos.
Cada pessoa carrega um livro invisível, escrito com intuições, dores, silêncios e lampejos de entendimento.
Esse livro não tem capa, mas tem profundidade. Não tem capítulos prontos, mas tem alma. E, frequentemente, é nesse livro que dormem as respostas que tanto buscamos nos outros.
O silêncio também fala
Vivemos numa época que exige certezas rápidas. Mas a alma tem o seu próprio tempo.
As respostas que valem a pena raramente gritam — elas sussurram.
Elas chegam quando paramos de procurar com os olhos e começamos a escutar com o espírito.
Fernando Pessoa dizia: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
E Paulo Coelho completaria: "Quando você quer algo, todo o universo conspira para que você o consiga".
Mas... e quando nem sabemos o que queremos?
E se aquilo que precisamos ainda não foi dito por ninguém?
Talvez estejamos aqui, em parte, para escrever essas respostas com a nossa própria existência.
Para viver o que ainda ninguém viveu. Para sentir o que ainda ninguém ousou admitir.
O que ainda não foi dito, mas pulsa em ti
Algumas respostas estão à espera de serem reveladas na forma de poesia, pintura, ou até de um silêncio profundo e sincero.
É no momento em que aceitamos não saber, que começamos a ver.
É quando soltamos a pressa de entender, que algo desperta.
Porque há livros que não foram escritos... mas que continuam vivos dentro de nós.
E talvez a tua missão, ainda que não saibas, seja escrever um desses livros.
Não com tinta, mas com presença.
Não para impressionar, mas para libertar.
Não para os outros, mas para ti mesmo.
Conclusão
Cada um de nós é um livro por terminar.
E algumas das respostas mais importantes da tua vida ainda estão por nascer — dentro de ti.
A tua história é sagrada. As tuas perguntas, também.
O que ainda não foi escrito talvez só possa ser revelado quando tiveres coragem de viver a tua própria verdade.
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