Você pode fugir. Negar. Fechar-se. Mas o amor sempre encontra uma brecha.
Ele não precisa da sua permissão para acontecer — ele acontece.
E quando vem, desarma. Expõe. Cura. Às vezes, machuca.
Mas sempre transforma.
Amar não é uma decisão consciente. Amar é um colapso do ego.
Uma entrega involuntária a algo que escapa da lógica e mergulha direto no caos mais bonito que existe: a conexão com o outro, com o todo, com você mesmo.
Amar não é um plano: é um tropeço divino
Você pode se proteger com mil planos, metas, muros e máscaras.
Pode fingir que tem tudo sob controle.
Mas quando o amor entra, ele não pede licença.
Ele te desmonta devagar, depois reconstrói — não como você era, mas como você precisava ser.
Amar não é caminhar com os pés no chão.
É flutuar por dentro, mesmo que do lado de fora você continue quieto, normal, socialmente aceitável.
O amor é a linguagem do invisível
Você sente. Mesmo sem palavras.
O corpo sabe. A alma reconhece. O coração se adianta antes que a mente compreenda.
Fernando Pessoa dizia: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena.”
E talvez seja isso. Amar é permitir que a alma cresça tanto, que não caiba mais na pele.
Mas o amor não é leve — ele pesa onde cura
Há uma romantização perigosa sobre o amor como algo apenas doce.
Mas o amor verdadeiro exige morte:
Morte do orgulho.
Morte das ilusões.
Morte da versão rasa de si mesmo.
Só quem já amou profundamente sabe que não se sai inteiro disso.
Mas o pedaço que falta, depois, nem faz falta — porque o que nasce no lugar é mais bonito.
Paulo Coelho escreveu: “Quando se ama, as coisas ganham mais sentido.”
E é verdade.
A rotina se ilumina. A presença do outro faz o tempo ter outro sabor.
As ausências se tornam poesia.
E até a saudade vira uma oração silenciosa.
Você não escolhe quem ama — mas escolhe o que faz com isso
Essa é a única liberdade possível dentro do amor:
Você pode resistir ou se entregar.
Pode aprender ou repetir.
Pode transformar ou se sabotar.
Mas amar, amar de verdade... isso não se fabrica. Isso acontece.
E acontece porque precisa acontecer.
Porque é inevitável.
E quando o amor não é correspondido?
Você vive. Chora. Aprende.
E descobre que amar também é amar a si mesmo o suficiente para não se perder do próprio caminho.
O amor não correspondido não é fracasso.
É semente.
Ele ensina o que você precisa curar em si.
Ele limpa o que você não via.
O amor é uma oração que não precisa de palavras
É o silêncio compartilhado.
O olhar que diz tudo.
A ausência que dói e confirma.
Amar é se permitir tocar e ser tocado por algo maior que nós.
Algo que ultrapassa carne, tempo, ego, razão.
Amar não é preciso — é inevitável
Você não veio ao mundo para apenas sobreviver.
Você veio para sentir, para se abrir, para se ferir e se curar através do outro.
Veio para amar.
Mesmo que doa. Mesmo que acabe.
Mesmo que nunca comece.
Mesmo que não faça sentido — ou talvez, justamente por isso.
Porque amar é ser humano até o osso.
E só quem ama, vive.
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